sexta-feira, 24 de junho de 2011

Sobre o tempo que não existe...

" (...) Essa história que o tempo cura, que o tempo apaga, que o tempo melhora, como isso é possível se o tempo não é uma força? Não é algo capaz de modificar nada? Mas vocês que estão me lendo vão argumentar, certamente, que estou errado, que o tempo melhora, que vivemos num mundo onde o tempo influencia nossas atitudes. Eu vou te mostrar que ao meu ver não é isso o que realmente acontece. E que o tempo, é uma mera contagem, 1,2,3,4,5,6... e nada mais que isso. Como eu sei disso? Bom, por experiência própria, algo me aconteceu a um ano e três meses aproximadamente, e eu sofri por esse um ano e três meses inteiros, me machucando, me fazendo sofrer mais ainda, e o tempo não melhorou nem um pouco isso. “Ah, mas não melhorou porque você queria se machucar”, vocês pensam, e é exatamente esse o meu ponto, eu queria, esse é o lugar onde eu queria chegar, somente nós mesmo somos capazes de alterar qualquer coisa dentro de nós, nossos pensamentos ou emoções. As coisas ao nosso redor podem influenciar nas nossas escolhas, mas elas são nossas, e de mais ninguém, nós temos as rédeas das nossas vidas e só nós controlamos o que se passa dentro de nós.
Aprendi isso no susto, na porrada, chegando no meu limite de sofrer, que era eu quem devia mudar essa vontade de me fazer sofrer, eu sou a única pessoa que tem acesso ao meu interior e que modifica ele. Sabendo disso, modifiquei minha maneira de pensar, estou aprendendo a me controlar melhor, estou moldando minhas emoções e pensamentos para finalmente ser feliz, primeiramente ao meu lado, depois ao lado de alguém. É uma luta constante essa modificação, pelo menos agora, mas sei que quando finalmente for permanente, serei uma pessoa muito mais feliz e muito mais capaz de fazer outra pessoa feliz."


*do amigo da Ana Brison (do fotolog)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A culpa não é do AMOR!

"Uma mulher namora um príncipe encantado por dois meses e, então, descobre que ele não é príncipe porcaria nenhuma, e sim um bobalhão que não soube equalizar as diferenças e sumiu no mundo sem se despedir. Mais um, segundo ela. São todos assim, os homens. Ela resmunga que não dá mesmo para acreditar no amor. Peraí. Por que o amor tem que levar a culpa por esses desencontros? Que a princesa não acredite mais no Pedro, no Paulo ou no Pafúncio. Vá lá! Mas responsabilizar o amor pelo fim de uma relação e não querer mais se envolver com ninguém é preguiça de continuar vivendo. Não foi o amor que caiu fora. Aliás, ele talvez nem tenha entrado nessa história. Quando entra, é para contribuir, para apimentar, para dar sabor, para ser feliz. Se o relacionamento não dá certo, ou dá certo por um determinado tempo e depois acaba, o amor merece um aperto de mãos, um muito obrigada e até a próxima. Fique com o cartão dele, com os contatos todos, você vai chamá-lo de novo, vai precisar de seus serviços, esteja certa. Dispense namorados, mas não dispense o amor, porque este estará sempre a postos. Viver sem amor por uns tempos é normal. Viver sem amor para sempre é azar ou incompetência. Mas não pode ser uma escolha, nunca. Escolher não amar é suicídio simbólico, é não ter razão para existir. Não me venha falar de amigos e filhos e cachorros, essas compensações amorosas sofisticadas, mas diferentes. Estamos falando de homens e mulheres que não se conhecem até que um dia, uau. Acontece.

Segunda história. Uma mulher ama profundamente, é amada profundamente, os dois dormem embolados e se gostam de uma forma indecente, de tão certo que dá a relação e de tão gostosa que são, inclusive, as brigas. Tudo funciona como um relógio que ora atrasa, ora adianta, mas não pára, um tic-tac excitante que ela não divulga para as amigas, não espalha, adivinhe por quê: culpa. Morre de culpa desse amor que funciona, desse amor que é desacreditado em matérias de jornal e em pesquisas, desse amor que deram como morto e enterrado, mas que na casa dela vive cheio de gás e ameaça ser eterno. Culpa, a pobre mulher sente, e mais: sente medo. Nem sabe de quê, mas sente. Medo de não merecê-lo, medo de perdê-lo, medo do dia seguinte, medo das estatísticas, medo dos exemplos das outras mulheres, daquela mulher lá do início do texto, por exemplo, que se iludiu com mais um bobalhão que desapareceu sem deixar rastro - ou bobalhona foi ela, nunca se sabe. Mas o fato é que terminou o amor da mulher lá do início do texto, enquanto essa criatura feliz e apaixonada é ao mesmo tempo infeliz e temerosa porque sente aquilo que tanta gente busca e pouco encontra: o tal amor como se sonha. Uma mulher infeliz por amar de menos, outra infeliz por amar demais, e o amor injustamente crucificado por ambas. Ele, coitado, sendo acusado de provocar dor, quando deveria ser reverenciado simplesmente por ter acontecido na nossa vida, mesmo que sua passagem tenha sido breve. E se não foi, se permaneceu em nossa vida, aí nem se fala. Qualquer amor, até aqueles que a gente inventa, merece nossa total indulgência, porque quem costuma estragar tudo, caríssimos, somos nós."

| Martha Medeiros .

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pra ontem.



Preciso muito que alguma coisa muito, muito boa aconteça na minha vida... alguma coisa, alguma pessoa. Acho que tenho medo de não conseguir deixar que o passado seja passado, de aceitar verdades pela metade, de viver de ilusão! Eu preciso muito, muito deixar acontecer o momento da renovação, trocar de pele, mudar de cor. Tenho sentido necessidades do novo, não importa o quê, mas que seja novo, nem que sejam os problemas. Preciso deixar a casa vazia para receber a nova mobília, fazer a faxina da mente, da alma, do corpo e do coração. Demolir as ruínas e construir qualquer coisa nova, quem sabe um castelo!


| do Caio .